sábado, 25 de fevereiro de 2012

Matérias: Fim de mais um ato e A Arte de viver de Arte


Fim de mais um ato

(reportagem dupla, confira também "A Arte de viver de Arte")

Fechamento da escola de teatro Etac levanta a discussão sobre a dificuldade de viver de arte na cidade; docência é alternativa financeira



Notícia publicada na edição de 25/02/2012 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 2 do caderno C - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.

Luiz Fernando Toledo
luiz.toledo@jcruzeiro.com.br 


Salas vazias e um sentimento latente de esperança. Foi o que restou da Escola Técnica de Arte e Comunicação de Sorocaba (Etac) e para o diretor de teatro e ator Tom Barros, além dos mais de 700 alunos que por lá passaram nos seus cinco anos de funcionamento. Localizada em três diferentes endereços ao longo de sua existência, por questões administrativas, a Etac deixou sua marca na cidade, plantando sonhos e buscando, por meio do teatro, incentivar "novas visões de mundo" aos seus alunos, nas palavras de Tom Barros. Do início, em 2006, ao fechamento, em dezembro de 2011, o diretor diz que o saldo do trabalho foi expressivo: mais de 50 espetáculos inéditos apresentados em Sorocaba e região. No último semestre de atividade, dispersaram-se 8 professores e cerca de 100 alunos, que passaram a buscar um novo espaço dentro das artes cênicas. O episódio ocorrido com a escola suscita a discussão sobre como viver de teatro na cidade e a forma como a produção artística é encarada por aqui.

Leia também: A arte de viver de arte

Barros é sucinto e cauteloso ao falar dos motivos que determinaram o fechamento da escola. "Foram problemas financeiros consecutivos", relata. A primeira sede, situada na rua Padre Luiz, 665, enfrentou alguns problemas pela falta de estacionamento aos alunos, motivando a ida para uma casa na rua Ema Zacchi Police, 73, esta desapropriada para a construção de uma escola infantil. "O endividamento se acumulou de forma que a terceira sede, na rua Castanho Taques, 227, já não tivesse o fôlego das unidades anteriores", explica o diretor. 

A maior preocupação de Barros, ao perceber que precisaria encerrar as aulas da Etac, era que as atividades do último semestre de 2011 não fossem prejudicadas, nem os espetáculos em andamento se desmantelassem pelo desânimo. "A opção foi manter segredo até o último momento. Depois de apresentadas as peças, eu revelei a todos. Simplesmente não abri matrícula no começo de 2012", explica. 

O diretor tem pretensões de retomar o ensino de teatro no futuro, mas já adianta que somente se houver algum incentivo público. "Quero me distanciar do ensino privado, pois a dor de perder a Etac foi grande. Para mim, foi como a vitória do capitalismo sobre a arte", filosofa. 

Opções de cursos

Apesar de não existirem dados oficiais, a Associação Teatral de Sorocaba (ATS) aponta aproximadamente 10 grupos de artes cênicas em atividade atualmente na cidade. Para o cálculo, foram levados em consideração a periodicidade dos espetáculos apresentados e a receptividade do público. Vale ressaltar que muitos desses grupos desenvolvem também oficinas abertas à população, possibilitando uma introdução ao teatro. As aulas também são uma forma de angariar recursos financeiros às companhias. 

A Companhia Camarim, dirigida por Hamilton Sbrana, existe há 10 anos, e apresenta um repertório vasto. A Cantata de Natal na Estação foi uma das recentes realizações da trupe. Junto à Camarim, formou-se, no início do ano passado, a Casa do Ator, oficina para quem deseja aprender teatro, mesmo sem possuir nenhuma experiência, ou mesmo para perder a timidez. "A Casa do Ator ensina teatro, mas muitos nos procuram por outras razões. Alguns querem ter mais disciplina para passar em um vestibular, ou mesmo para conseguir falar em uma entrevista de emprego", explica Sbrana. 

A trupe Koskowisck promove oficinas voltadas ao clown e ao universo circense. O grupo já apresentou cerca de 20 montagens diferentes e viajou pelo país com a peça "O Moço que casou com Mulher Braba". Atualmente, está com matrículas abertas para "O Teatro e a Comédia", estudo que busca a reflexão e pesquisa prática pelo universo do humor. 

A trupe Nativos Terra Rasgada, que conta com a participação de ex-professores da Etac, desenvolve oficinas de teatro de rua em diversos bairros da cidade. O ator Flávio Melo destaca um dos trabalhos mais importantes do grupo, desenvolvido na Vila Helena: em cerca de 8 meses, criaram e apresentaram a montagem "Vila à Vista", projeto que incluiu 60 pessoas, entre atores e moradores do bairro, sem limite de idade. Ele recorda que ao final da temporada, quando deixariam o bairro, uma das alunas indagou: "Vocês vêm para cá durante praticamente um ano, nos mostram essa nova realidade, mudam a nossa vida, e agora simplesmente vão embora?" Para o ator, foi um choque, que conduziu o Nativos Terra Rasgada a pensar em projetos mais longos com a comunidade. 

Além das oficinas, existem cursos de teatro oferecidos por instituições na cidade. A Fundec (Fundação de Desenvolvimento Cultural de Sorocaba), em parceria com a Prefeitura de Sorocaba, abre cerca de 130 vagas por ano, em janeiro, por meio de teste. As aulas são ministradas pelo ator e diretor Mário Pérsico e o curso têm a duração de 2 anos. O Sesi traz um curso com seis horas semanais, divididas entre técnicas específicas, como dança-teatro, teatros performático e narrativo, entre outros, e no final do ano, uma peça é apresentada.

Confira alguns cursos oferecidos na cidade:Oficina Cultural Regional Grande Otelo
Cursos gratuitos são oferecidos ao longo do ano. No momento, não há inscrições para teatro.
Praça Frei Baraúna, s/nº
Telefone: (15) 3224-3377 / 3232-9329


Fundação de Desenvolvimento Cultural de Sorocaba -Fundec
Curso gratuito de teatro abre vagas somente em janeiro, por meio de teste.
Rua Brigadeiro Tobias, 73
Telefone: (15) 3233-2220

Programa "Mais Cultura", da Prefeitura de Sorocaba
As aulas gratuitas de teatro. A inscrição pode ser feita em diversos endereços, dependendo da oficina desejada.
Para saber o local, e obter outras informações, o telefone é (15) 3211-2911

Grupo Nativos Terra Rasgada
Oficinas de teatro de rua, vagas abertas
rua Princesa Isabel - 607 -Vila Carvalho
Informações: (15) 3032-0312

Sesi - Núcleo de Artes Cênicas (NAC)
Dança-teatro, teatros narrativo e performático e outras técnicas (de graça)
20 vagas, seleção por teste
rua Duque de Caxias, 494, Mangal
Informações: (15) 3388-0419

Camarim - Casa do Ator
Aulas de teatro, vagas abertas
rua Vicente Decária, 373 -Jardim Rosária Alcoléa
Informações: (15) 2104-5489 ou 2104-1243

Trupe Koskowisck
Oficinas com vagas abertas
Rua da Penha, 823, 3ºAndar Centro Sorocaba/SP
Informações: (15) 2104-8873, (15) 9746-8589 ou (15) 9111-4336

Para outras informações, o telefone da Associação Teatral de Sorocaba (ATS) é (15) 3032-0312.


A arte de viver de arte



Notícia publicada na edição de 25/02/2012 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 2 do caderno C - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.




                                                                  O diretor Mário Pérsico /  foto: Fábio Rogério


Luiz Fernando Toledo
luiz.toledo@jcruzeiro.com.br 


É possível viver de teatro em Sorocaba? Para se aproximar de uma resposta e, principalmente, levantar uma reflexão sobre o tema, o Mais Cruzeiro ouviu alguns diretores já renomados na história do teatro sorocabano, além de atores e estudantes. 

Hamilton Sbrana, da Companhia Camarim e também professor do projeto "Mais Cultura" (mantido pela Prefeitura), comemora o momento. Para ele, a cidade vive uma época próspera e favorável às artes num contexto geral, fator ocasionado, segundo ele, pelo interesse da Prefeitura de Sorocaba em promover a cultura como forma de combate a outras questões como a violência e a miséria. "A procura pelos cursos é muito grande, o que mostra que o sorocabano está tendo grande interesse pela arte", comenta Sbrana. "A Fundec, por exemplo, não consegue atender a demanda de alunos que tentam se inscrever no curso e acaba tendo que limitar as vagas", explica. Sobre a qualidade dos projetos locais, ele rasga elogios: "Temos produtores de cultura de alto nível em nossa cidade. Atores e autores que não se focam apenas na cidade, mas que têm destaque em todo o Brasil", comenta o diretor, enquanto cita nomes como Fernanda Maia e Robson Catalunha. Sbrana também fala do projeto "Mais Cultura", da Secretaria de Cultura e Lazer (Secult) em parceria com a Secretaria da Educação (Sedu), que promove oficinas gratuitas de balé, jazz, teatro, dança de salão, flauta, capoeira, violino e guitarra em diversos locais da cidade. "Acredito que a cidade esteja ressurgindo das cinzas. Estamos retomando o tempo áureo de Sorocaba, nas década de 40 e 50, quando levávamos a nossa arte para todo o país", conclui. 

O professor e ator Mário Pérsico, que dirige e atua na Cia. Clássica de Repertório e dá aulas de teatro na Fundec, faz menção à Lei de Incentivo à Cultura (Linc) e sua relação com a produção artística desde a sua criação, em 1998. "Foi possível sonhar mais e desenvolver melhor os trabalhos, no sentido de produção: maquiagem, figurino, cenário entre tantas outras coisas." Além disso, o ator relata que a preparação dos atores se profissionalizou: "Agora, é possível contratar professores de canto, de preparação corporal e o que for preciso para sair do âmbito do teatro amador", comenta. Em contrapartida, Pérsico alerta os acomodados: "É importante manter a criatividade. Sem apoio financeiro, os diretores e atores precisavam buscar cenário e roupa que não tinham, o que fortalecia e muito a imaginação no espetáculo. Hoje com a Linc, o perigo é que esse consciente criativo se perca no comodismo", reforça. 

Na dicotomia "arte x produto", o diretor Roberto Gill de Camargo, que é professor no curso de Teatro (Habilitação em Arte-Educação) da Uniso e fundador de um dos grupos mais renomados da história da cidade - o Katharsis -, é direto. "O profissional de teatro precisa viver, pagar suas contas, recolher encargos (INSS, FGTS,plano de saúde), aluguel e tudo o que um cidadão comum faz. A bilheteria não cobre isso, mesmo com a ajuda dos editais. No caso do Katharsis, quase todos exercem a docência, além de participarem das peças", explica. Para ele, trata-se de uma disputa complexa: "Falar em arte no capitalismo é utopia. O que interessa é o produto, a mercadoria, o consumo, o dinheiro, a fama e a alienação. Essa dicotomia entre arte e mercadoria existe no mundo todo." 

Um exemplo prático da situação é vivido pela atriz Bárbara Diggelmann. Recém-formada em Teatro - Arte e Educação pela Uniso, Bárbara chegou a apresentar 10 espetáculos em um ano, quando estava na faculdade. Apesar da experiência adquirida, viu a necessidade financeira de deixar os palcos de lado e partir para sua segunda opção: dar aula. "É muito difícil começar um grupo de teatro fazendo o que os outros já fazem sem verba, porque o público não paga grandes valores para assistir peças e há pouco incentivo", salienta. A atriz acabou descobrindo um campo pouco explorado pelos recém-formados na região, o teatro terapêutico: Bárbara passou a realizar oficinas de arte numa instituição de saúde mental. E já avisa: "aos preconceituosos que afirmam que teatro não é terapia, eu digo que é possível sim utilizar-se dele - e da arte como um todo- como meio terapêutico, desde que possa se contar com técnicos e equipe capacitados para tanto", argumenta. E a atriz se diz satisfeita: "A impossibilidade de atuar nos palcos me fez descobrir algo que merece mais atenção e que me cativa mais a cada dia". 

Apesar das dificuldades, idas e vindas, o interesse pelo teatro é grande, e não faltam exemplos de jovens que se empenham em conseguir um espaço na cidade. A estudante de teatro Luciane Cavassana, de 17 anos, veio de Angatuba para cá, deixando pais, escola e hobbies, em busca de um curso que a capacitasse para o mercado de trabalho nas artes cênicas. "Pesquisando na internet, minha mãe encontrou a Fundec e a Etac, e me deu total apoio para vir morar aqui. Como minha irmã vive em Sorocaba, foi mais fácil", comenta. Apesar de já ter concluído o curso de 2 anos na Fundec, e do desfecho da Etac, ela foi adiante: "Faço várias oficinas e workshops na Oficina Cultural Grande Otelo e também um curso de comédia dado pela Trupe Koskowisck", diz. O saldo foi positivo para a estudante, que comenta com satisfação: "Sinto que se eu tivesse ficado morando lá no interior jamais teria o conhecimento que eu tenho agora e sou muito feliz assim", completa, em tom de satisfação. 

Release: Feira do intercambista ocorre nos dias 2 e 3


Este texto foi escrito para o site E-Dublin, também publicado no jornal Cruzeiro do Sul.

Feira do intercambista ocorre nos dias 2 e 3

Evento é o mais importante da educação internacional no país

Contando com a representação de mais de 50 países e uma agenda repleta de atividades para quem deseja conhecer e realizar um intercâmbio, a 14ª Feira do Intercambista ocorrerá nos dias 2 e 3 de março, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.

O evento passou a receber este nome em 2013, sendo conhecido como Expobelta nas edições anteriores. É realizado anualmente pela Associação Brasileira de Agência de Intercâmbio (Belta) e terá como destaque para este ano a Espanha. "Essa é uma excelente oportunidade para apresentar a ampla oferta que temos neste segmento", explica Elvira Marcos Salazar, cônsul de turismo do país ibérico no Brasil. De acordo com a instituição, o país é o mais procurado por cerca de 70% dos estudantes que desejam aprimorar o espanhol.

A feira do intercambista contará também com a presença da Comissão Europeia e de escolas de idiomas de todo mundo. Países como Reino Unido, EUA, Colômbia, Canadá, França, Nova Zelândia, e até mesmo China terão representantes no local.

A edição de 2013 não sofreu reformulação apenas no nome, mas também em sua estrutura, buscando mais aproximação com o público. "Vamos trabalhar mais próximo do nosso público, conseguindo colocar à disposição o máximo de informação de qualidade para que ele possa escolher onde estudar no exterior", comenta Carlos Robles, presidente da Belta. A instituição divulgará uma pesquisa nos dias do evento com dados sobre os cursos mais procurados pelos brasileiros, além da classe social e idade desses estudantes.

Confira uma seleção das principais novidades que serão trazidas ao público na edição deste ano

- Presença da Universidade de Peking representando a China;

- Basque Culinary Center (Espanha), instituto que conta com uma Faculdade de Ciências Gastronômicas e um Centro de Pesquisa e Inovação em Comida e Gastronomia;

- Universidade Belgium Wallonia-Brussels Campus (Bélgica);

- Europa tem a Comissão Europeia de Educação, órgão que promover a educação da Europa;

- Escola de idioma da Colômbia, o Spanish World Institute, com custos acessíveis

- Instituiçoes que promovem o programa federal "Ciência sem fronteiras"

Outras informações e o cadastro para a feira podem ser obtidos no site 
www.feiradointercambista.com.br.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Matéria: "House" terminará em abril, após 8 temporadas de sucesso

"House" terminará em abril, após 8 temporadas de sucesso

A troca de atores contribuiu para repentina queda de audiência





Luiz Fernando Toledo
luiz.toledo@jcruzeiro.com.br  


O mais famoso e misantropo médico da televisão vai encerrar suas atividades em abril. Criado em 2004, por David Shore, a série médica da Fox - que também é transmitida pela Record, às quartas-feiras -, terá a oitava temporada como a última da série, conforme anúncio feito pelos produtores essa semana. Apesar de manter a audiência elevada, "House" registrou queda significativa de espectadores após sofrer mudanças drásticas no elenco e no roteiro. A saída da atriz Lisa Edelstein, que interpretava o par romântico de House, Lisa Cuddy, e as mudanças no quadro de funcionários do hospital Princeton-Plainsboro trouxeram grande impacto aos fãs da série.

Em mais de 150 episódios que foram ao ar desde o episódio piloto, "House" se destacou por romper com quaisquer que fossem os códigos de conduta médicos, preceitos éticos aceitos pela sociedade e moralidades intrínsecas a qualquer ser humano. O método "socrático" de trabalho em equipe de Gregory House (interpretado pelo ator Hugh Laurie) trouxe uma relação dialética entre os personagem que a ele se relacionavam. Odiá-lo, amá-lo, respeitá-lo ou ignorá-lo? Das quatro opções, somente a última era inevitavelmente descartada por sua equipe médica e seu único amigo, James Wilson.

A personalidade do médico desafiava o entendimento dos espectadores da série. Centenas de críticas e análises do personagem constam nas páginas da web, além de livros, que além de tratar do personagem, fazem questão de explorar a série em sua amálgama de questões pertinentes à filosofia e ética medica, ao mesmo tempo em que aborda temas comuns como o amor e a amizade.

O humor se tornou parte dos diálogos caricatos de House e seus pacientes clínicos, ou mesmo quando ridicularizava sua equipe médica. Enquanto discutiam um caso da septuagésima doença que poderia se tratar de "lupus", mas no fim não era, aproveitavam para ironizar a baixa estatura e o nariz grande do médico Taub, a bissexualidade de Thirteen e a afável filantropia do oncologista Wilson.

Mesmo para um observador externo, que assista apenas um dos episódios de forma descontextualizada, a reflexão introspectiva gerada pelos acontecimentos é inevitável. Despir-se das amarras de toda e qualquer decisão considerada comum é o primeiro passo para se integrar no universo de "House", em que qualquer atitude suspeita de um paciente pode ser considerada um sintoma. Um excesso de altruísmo por parte de um homem rico pode ser um sintoma. Respeitar o acordo de D.N.R (Do not ressuscitate, ou a "ordem de não ressuscitar") de um doente é opcional.

A religião teve espaço fundamental nas discussões da série. Apesar de enfatizar por diversas vezes o ateísmo do protagonista, David Shore tomou o cuidado de incluir minúcias que deixassem claro que nem mesmo o persuasivo médico das evidências fosse totalmente convicto da ausência de um deus, além de respeitar outras crenças ao longo do seriado.

O final da sétima temporada, estrondoso em seu desfecho de insanidade, abriu espaço para um final de série com um roteiro bem amarrado. Apesar dos poucos episódios que restam, saberemos em breve que fim levará o desumano mais humano da história da televisão. 

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Alunos disputam vaga na Robocup 2012



Jornalismo digital/online: Em Sorocaba, Alckmin fala sobre as obras do aeroporto


Em Sorocaba, Alckmin fala sobre as obras do aeroporto

Governador evita falar sobre candidatura de seu partido na cidade

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) chegou às 10h de hoje (6) em Sorocaba para tratar de assuntos relacionados às obras no Aeroporto Estadual Bertram Luiz Leupolz - o aeroporto da cidade, e à entrega de 533 títulos de imóveis. O tucano chegou acompanhado de secretários de seu governo e o evento contou com a presença de 30 prefeitos da região, além de vereadores. A visita ocorreu em uma quadra na praça Pedro de Godoy, na Vila Nova Esperança.

Dentre os assuntos previstos na visita, Alckmin anunciou a entrega de 68 creches para 28 municípios, com  150 vagas cada, segundo ele. O governador também esclareceu sobre as obras no aeroporto, que começam em 40 dias e têm prazo de conclusão para seis meses, com investimento de R$ 8,27 milhões. O objetivo das obras é ampliar a capacidade operacional do aeródromo, realizando intervenções dos sistemas de pista, pátio de aeronaves e infraestrutura para hangares. Também foi anunciado o contrato de concessão de área aeroportuária à Embraer, ainda sem prazo definido.

O Secretário Estadual do Meio Ambiente, Edson Giridoni,  comentou sobre o plano da bacia hidrográfica do Rio Sorocaba. Segundo ele, o plano, que custou mais de R$ 4 milhões, abrange ações adequadas às necessidades de planejamento de água, esgoto, lixo e macro-drenagem. O Secretário de Desenvolvimento Social Rodrigo Garcia, fez menção aos 28 municípios beneficiados pelo programa Creche-Escola, que recebem repasse do Governo Estadual para a construção de creches ou creches-escola. Sorocaba não está na lista dos beneficiados, pois, de acordo com Garcia, havia prioridade pelas regiões mais pobres do estado. Já Heloisa Arruda, Secretária de Justiça, falou sobre a entrega das escrituras de residências. Segundo ela, já foram entregues 27 mil títulos de regularização fundiária.

Corrida eleitoral
O governador evitou comentários a respeito da pré-candidatura de seu partido em Sorocaba, apesar das insistências, alegando se tratar de um "problema da cidade". O PSDB ainda aguarda o entendimento jurídico da lei Ficha Limpa para divulgar um nome à disputa. O presidente do diretório municipal do partido, Carlos Pereira Pascoal, já havia descartado a hipótese de que o assunto fosse abordado no evento de hoje.

O caso Pinheirinho
Alguns manifestantes tentaram interromper o discurso de Lippi, com um protesto referente à desocupação do bairro Pinheirinho, em São Paulo. Eles traziam uma faixa anunciando o descontentamento com a medida do governador, e tentavam atrair atenção dos presentes. O prefeito buscou aliviar a situação, pedindo que eles não atrapalhassem a alegria das famílias que foram contempladas com as escrituras de suas propriedades.  Lippi chegou até a cogitar que eles não eram de Sorocaba. Sob vaias, o pequeno grupo foi retirado com ajuda de guardas civis municipais, que contiveram pacificamente o protesto.

Em Boituva

Alckmin chegou em Boituva por volta das 14h20 para a inauguração do novo prédio da delegacia de Polícia e para a reforma e ampliação da Unidade Básica de Saúde Gerson Farriello. Na ocasião, o governador anunciou outros investimentos para a cidade. A liberação de um terreno para processo licitatório do novo prédio do Fórum, uma nova escola para o Parque Novo Mundo, investimetno de 10 milhões da Sabesp para rede de esogoto sanitário, uma obra de 3km de asfalto e um trevo para a SP 129, que liga Boituva a Itapetininga, além da licitação de 178 apartamentos do CDHU, que será aberta em abril.

(com informações de Carlos Araújo e Marina Rodrigues)