terça-feira, 28 de abril de 2009

Controvérsia

"Os feios aprendem que beleza não é tudo, e que o conhecimento e a inteligência nos levam a um ser muito mais "amplo" que o atrativo visual, o belo. Já os bonitos, aprendem que esse monte de livros e coisas são pra disfarçar um mundo chato e sem graça, em que a falta de aceitação da sociedade empurra outros modos de passar o tempo de vida restante." É claro que esta minha introdução é generalizada.

Assim sempre funcionaram as coisas. E assim vieram ditados bobos como "não existe mulher inteligente e bonita", e a mesma coisa pra homem. Mas eu sempre pensei:Os ditos "feios", julgam que a inteligência é superior ao estético, porque é algo que você adquiriu, possuiu com o tempo, e não simplesmente teve a "sorte de nascer bonito". Certas vezes penso diferente disso. A mesma sorte que um indivíduo tem pra nascer bonito, é a sorte que ele vai ter de nascer mais inteligente. Pra mim, isso de esforço vale muito, mas compete ao indivíduo saber o seu limite, e cada um tem o seu. Ou seja, chegando num dado limite, a pessoa não sai daquilo. Do contrário, qualquer esforçado seria o melhor do mundo em algo, e sabemos que não é bem assim.

Algumas pessoas nascem com talento, outras com dom. Alguns, já possuem muita afinidade com a leitura e com o estudo, outros detestam. Eu acredito que isso não seja apenas hábito, mas algo inato. Já conheci gente que veio de escola pública, com exemplos ruins na família, e que é apaixonado por ler. Mas apaixonado mesmo, dos que não sai no final de semana com os amigos para ficar estudando. Eu me pergunto: isso é esforço? Ou é do indivíduo, a grande vontade de conhecer coisas novas?

Sem falar que conheço muitas pessoas que odeiam estudar, nem lêem muito, mas normalmente se dão bem na vida, têm facilidade, e chegam em lugares que os "esforçados" muitas vezes não chegam. E tenho exemplos disso também, nada do que estou falando é vago. Já tive colegas em recuperação que pagaram até professor particular e estudaram horrores pra passar. Enquanto isso, outros que passavam o final de semana jogando video-game, nem de recuperação ficavam.

Chega num ponto em que não se pode dizer que a inteligência/competência do indivíduo é superior a uma beleza vinda da "sorte da natureza". Mas ambos. Eu não gosto muito de ler, pra ser sincero. Meu conhecimento, tirei de filmes, da música e de aulas que assisto. Já li muitas revistas de jogos, como a EGM e a Nintendo World, e só. Pra pegar um livro, só com muito interesse mesmo, ou para a faculdade. E mesmo assim, passei sem problemas pelo ensino médio e agora curso jornalismo. Isto, sem grandes feitos. Sem citar exemplos de alguns por aí que fazem de tudo sem estudo, destes que sabem matemática e física de cabo a rabo sem nem tocar em livros.


Sorte?

domingo, 26 de abril de 2009

A maturidade de um imaturo

Como todo título recente dos posts, mais uma confusão vem a seguir. Talvez não tão confusa quanto a anterior, mas para pensar como todas.
Adiantando, o que vou falar é sobre mim, e o "imaturo" do título sou eu. Após algumas sessões de saudosismo (reforçada por fotos e vídeos), relembrando as amizades do colegial(do jeito que eu digo, até parece que isso aconteceu há muito tempo, né? haha), senti uma coisa totalmente contrária do que pensei que seria quando chegasse na faculdade: saudade. Mas como é possível? Eu, que aguardava fervorosamente pelo jornalismo, pelos amigos maduros, pelo diálogo de conteúdo e por matérias interessantes, com saudades de uma época de bagunça, da farra e de "fazer nada"? Indubitavelmente, sim.
É como estar preso em um corredor, e uma porta de cada lado: passado e presente. Eu não vivenciava aquilo que sempre quis, mas ria muito, mais ria do que sentia falta de "maturidade" em mim mesmo. Já a faculdade é de uma chatice tremenda, e a cada dia perco mais o gosto pela "vida madura". E não, não é o curso. As aulas são ótimas, tanto quanto a profissão que virei a seguir. O que me inquieta são as pessoas, que de início, eu só avaliei que não estivesse habituado, ou que elas simplesmente fossem realmente chatas. Mas não são, eu é que estou diferente. De forma madura, assumo a imaturidade pra estas amizades e este ambiente. Se esta situação passará por mudanças com um amadurecimento, eu não sei. Talvez eu estivesse certo quanto à chatice. Talvez não. Mas uma coisa é certa: estou morrendo de vontade de fazer um churrasco falando asneira, com um bando de malucos que não são cultos nem querem resgatar alicerces filosóficos ou discutir música brasileira. Só não sei se este "regresso" é positivo, ou uma falta de perspectiva no futuro, e na evolução que passarei nos próximos meses, e anos.