domingo, 30 de novembro de 2008

O caminho alternativo


Como sempre, na vida de um desocupado, há uma poesia para praticamente tudo. Elas acabam se tornando parte de quem possui afinidade com a escrita(ou não), e revelam fatos que muitas vezes não esclarecemos muito bem num texto direto. Enfim, sem mais delongas, eu gostaria de introduzi-los a um dos últimos que fiz(um pouco meloso e emotivo), mas que dará melhores explicações do tema que será abordado.



Caminho alternativo

"Quando se segue o caminho alternativo
Seus suprimentos são insuficientes (ou lhe sobram)
Seu corpo lhe reserva dor
Seus olhos são seus melhores e piores amigos

Os melhores porque fazem enxergar a rota
Os piores, pois o resultado já se sabe

Quando se segue o caminho alternativo
As flores passam a mudar de um ponto
Deixam de exalar perfume
Delas, o que resta é apenas beleza

As lembranças te perseguem o tempo todo
Fazendo cada segundo dessa trilha parecer uma oportunidade de desistir
Mesmo sabendo que não haverá descanso, não haverá ressentimento
O caminho alternativo passa a tomar corpo, e com ele, sentimentos escassos e degenerados


Ao fim de tanto sofrimento e feridas, já se sabe que ele jamais fora caminho alternativo
Pois o outro caminho jamais existiu
Tanta luta, tanto tempo, tanto esforço, tanto sacrifício, tantas palavras.
É mais do que uma poesia, é mais do que história. Mas desta essência, acredito que ninguém ainda foi capaz de entender.
"

Tá, pode ter ficado ruim, você pode ter não gostado, enfim: o significado dela pode se resumir a uma simples palavra - conformismo. Quando você sabe que vai estar na pior, sabe que não é aquilo que procura, MAS, acaba optando por esse caminho por uma série de fatores, da mais inútil preguiça, à incapacidade de cada um, etc.
Já encontrei muito disso em relações amorosas, e explico o porquê: ninguém sabe o que é amor, ou pra que ele serve. Ninguém sabe de onde ele vem, como vai embora(ou se ele vai embora), e porque influencia tanto nossas vidas. Músicas, poesia, filosofia e ciência(por que não a fé?), não necessariamente nessa ordem, já deixaram a sua mensagem - correta ou não - sobre o amor. Partindo desse princípio do desconhecido, muitos levam esse sentimento como um objetivo de vida, visando somente ter alguém ao seu lado, sentir isso por todos. A fuga de sua realidade é inevitável, muitas vezes penetrando num universo de fantasia e ilusão do qual dificilmente vai sair sem um bom psicólogo. O problema é que muitos se esquecem, como diz a 'sorte do orkut', que o primeiro amor é o amor próprio, e depois os outros. Disso, tem-se algo que algo que observamos em muitos casais por aí, o que me irrita profundamente(e você não se importa nem um pouco com isso, mas deixemos esse comentário de lado): "doar-se para o outro". Entregar-se de corpo e alma, fazer tudo pela pessoa amada, muitas vezes, sem que a recíproca seja verdadeira. Muitas vezes, no início de uma relação, desconhecemos o parceiro, de muitas formas. Isso acaba gerando, posteriormente, um grande sentimento de conformismo por parte de um dos dois: já está ali mesmo, namorando, com a 'pessoa amada'(mesmo sem saber dizer o que é amor, sempre!), sofrendo, mas continua querendo ficar com ela. Chegamos a um ponto em que você nem espera mais mudança alguma, ou já sabe o que vai acontecer, com a maior facilidade. E continua ali, insistindo no que não lhe beneficia, no que lhe destrói aos poucos, como se aquilo fosse a salvação de nossas vidas. Já me basta a religião que aflora nas mentes humanas, temos mais o amor pra lidar, com todas suas raízes, ora nutritivas, ora desgastantes, e essa balança é desigual. Sim, acredito que para amar(também não sei o que é amor, deixo claro) é fundamental que haja alguns sacrifícios, doar-se em partes ao companheiro, MAS NÃO A PONTO DE ESTRAGAR SUA PRÓPRIA VIDA, perder-se em meio a devaneios amorosos sem o menor sentido, enfim, acabar se desviando de tudo o que planejou até então. Afinal, todos temos um plano, não? Ou ao menos deveríamos ter, àqueles que não seguem a auto-estrada para o nada, um objetivo, meta, ou muitas. O amor não era pra ser uma coisa boa?

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Muito além do "single-serve"


Do título...
T
alvez uma das visões do personagem principal do Clube da Luta(interpretado pelo brilhante Edward Norton) que mais tenha me chamado a atenção no começo do filme, os "single-serve" nada mais era que uma comparação inteligente entre os "pacotinhos" que recebemos no avião, de açúcar, sal...às amizades feitas no mesmo, que começavam e terminavam ali mesmo. Acho que nunca prestei tanta atenção num detalhe por tanto tempo assim. Isso é bem comum. Nada como se sentir íntimo de alguém que você acaba de conhecer, sabendo que jamais encontrará aquela pessoa em sua vida, ou mesmo que a probabilidade é bem baixa. Existem pessoas que se abrem, outras que preferem manter a distância num diálogo, jogando apenas dados e informações avulsas, como uma revista. que exibe apenas anúncios, deixando seu conteúdo de lado.

Talvez, uma de minhas maiores inquietações, que deu origem a um monte de textos sem sentido, poesias esquecidas, e até mesmo ao meu querido livro que não sei como dar continuidade, a relação entre duas pessoas, independente de qual seja: amor, amizade, coleguismo, relacionamento virtual(que eu não considero como nenhum dos anteriores), profissional, etc. O que, afinal, é se relacionar? Os diálogos de hoje se resumem a dispersar palavras, sem muita preocupação com o alvo ou todo o processo que envolve essa troca de informações(que na verdade, deveria ir muito além disso). Não sou nenhum formado da área, dificilmente teria uma explicação tão boa quanto a de alguém que estuda a relação entre as pessoas, mas como sempre nesse blog, explico o que eu acho e percebo em certos aspectos. Numa conversa entre homem e mulher, normalmente existe um único objetivo, que usa e abusa do meio "diálogo" para ser alcançado: conquistar a tal pessoa. Ou seja, a conversa mesmo acaba sendo uma ponte para algo, e não o contrário. Ela deveria ser valorizada como um momento em que entramos em contato com um outro, que vive em um corpo diferente e tem perspectivas diferentes. Sabe aquela sensação que todos têm quando vão de encontro a alguém famoso, ou conseguem apenas um "Oi" dessa pessoa? Então, por que apenas com essas pessoas, e não com todos? Conversar com o patrão é puxar o saco, conversar com a mãe é pedir dinheiro, com o professor é pedir conhecimento. Sempre em busca de um objetivo para desenvolver a si próprio, sob qualquer forma. A densidade dos papos que vemos por aí, prefiro não comentar muito. Para realmente entrarmos em contato com o outro, só se for no psicólogo, pagando. Já virou sinônimo de jogar informações, o outro receber, jogá-las fora e mandar as dele. Isso é praticamente um monólogo. De que adianta ouvir, se não desenvolver aquilo que foi ouvido?

Me add? Quero fazer novas amizades!

Temos ainda o fator "virtual e real". Pessoas desenvolvem "amizades" pela internet com muita freqüencia, principalmente após a chegada do orkut no Brasil. A adolescência dos scraps passou de tendência a obrigatoriedade. Hoje, todo mundo tem orkut, ou já teve(e tem vontade de refazê-lo, no caso). As brigas dos casais aumentou, à medida que a privacidade foi começando a ser deixada de lado. Aí, surgiram centenas(centenas mesmo) de amigos "single serve", mas não sei se esse seria o nome ideal, porque é algo diferente. Pessoas que te amam no primeiro encontro virtual, amigos que te consideram demais sem nem saber seu nome direito(muitas vezes, apenas parte dele, contida no seu nick) e toda uma vida falsa que se esconde nesse mundinho do monitor. Mas é diálogo que eu falo, não quero entrar na questão mais que batida da internalização do ser, nem da banalização do amor, etc etc. O que está levando as pessoas a transformar tudo isso num nada? Entrar no MSN e ter 309832487 contatos diferente, é algo que para alguns possa parecer motivo para orgulho, achando que são populares, e extremamente sociáveis, o que nada mais é que um grande número de single-serves que surgiram na internet, de papinho aqui e ali, e nunca mais. A preocupação em ser popular e conhecer todos é tão grande, que a pessoa não se toca, que na verdade, não conhece ninguém. Sabe nomes, provavelmente uma história ou outra, mas não conhece ninguém. Entra num enclausurado das informações que eu venho tanto citando aqui, que não servem pra absolutamente nada. Isso não é se relacionar, é criar um catálogo de informações alheias de utilidade duvidosa. Não é de se espantar que essas pessoas conheçam tantas outras. Se não nos satisfazemos com um, precisamos de muito mais. Justamente por não saber se aproveitar(no bom sentido) do mesmo. Se existe alguma coisa que une as pessoas é o diálogo. Entenda "unir" como estabelecer uma relação, e não um agrado surgido pela mesma(um diálogo também pode criar inimigos).
Enfim, esse meu monólogo já me deixou de saco cheio, comentem e vamos dialogar!

Ao som de Bloodbath - Treasonous

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Futilidade?


A moda hoje é dizer que tudo e todos são fúteis. O novo programa na TV é fútil, a apresentadora é fútil, o tema é fútil, e até o cameraman é fútil por focalizar regiões tão sem conteúdo(hahaha). De tanto ouvir essa palavra, ler, em tudo quanto é canal de comunicação, principalmente em fóruns de internet(leia orkut de uma vez), me inquietei.


Mas afinal, que raios significa ser fútil?


Segundo a grande enciclopédia dos semi-analfabetos(que eu uso freqüentemente, por sinal):

"Futilidades ou coisas fúteis são atividades, conversas ou sentimentos vazios que não levam a crescimento algum,também pode-se dizer que são informações sem conteúdo.Coisas sem conteúdo. A palavra futilidade se refere à falta de valor, sem importância, vulgar, banal, sem sentido, sem nexo, sem noção, vazio.

Ainda pode-se dizer que é: bobice, boboquice, chochice, frioleira, frivolidade, inânia, leveza, leviandade, levidão, ligeireza, ligeirice, nugacidade, nulidade, coisa sem valor, pequena; insignificância, ninharia, tolice, vaidade, vanidade, etc..."

Agora: pare e pense! "Falta de valor" é algo bem subjetivo. Ter valor pra uns não significa ter valor. Valores, diferenciais, enfim...Tudo aquilo que deve ser definido como prioridade e de extrema importância pra uns, com certeza pra outros não passam de fétida experiência perdida. Priorizar o seu conteúdo e o seu conhecimento, fará de outras coisas, com certeza, fúteis! Outras pessoas também. Sempre estive "envolto" de todo esse contexto, por gostar bastante de internet, e participar(quase sempre) de discussões nas quais o que prevaleve é a tentativa de subjulgar o "adversário", com o objetivo de humilhá-lo. Normalmente, tal "façanha" é obtida com ajuda do mestre google, provando que o "outro" desconhece tais valores, e por isso é fútil. Principalmente no orkut, deparei-me com uma situação engraçada...Que por sinal, foi o que me inspirou a criar esse post. Este é meu profile(clique) (isso não é auto-divulgação aeiuhuaei, logo entenderão o porquê de eu estar postando isso!). Como podem ver, sou fanático por fotos, e inclua nesse hobbie, os adjetivos "toscas, exageradas, posers", ou o que achar necessário. Pois bem: me classificaria como fútil ou não, após observar meu álbum? Aposto o que quiser, que 90% das pessoas diriam que sou extremamente fútil, que só ligo pro que a mídia fala, que sou ignorante e provavelmente mais um fã de psy que vai dançar sem pensar na vida, que só pensa em academia e em mulheres e todo aquele blablabla pseudo-intelectual inferiorizado de sempre. Já li muito disso, as pessoas costumam associar auto-cultuação a ignorância e futilidade...

Mas o que é futilidade?

Entramos em questões totalmente sem resposta ao tocar no assunto. Primeiramente, aquilo que lhe interessa é o que possui alguma relação com a realidade por você vivida. Se joga videogames, com certeza adorará conversar com alguém que goste também. Poderão passar horas e mais horas falando daquilo, se divertir, e quem sabe fazer uma amizade a partir disso. E aí, o papo foi fútil? Provavelmente, pra quem não é chegado num joystick(não levem pro lado que já devem estar pensando), dirá que foi. Agora colocamos dois ditos "intelectuais", discutindo a respeito do terceiro movimento da obra do músico Antonio Vivaldi, As quatro estações(minha favorita, e talvez a única que eu sei tocar direito). Eles farão citações, viajarão na maionese, mas não sairão daquilo: comentários acerca do que ouviram. Fútil? É claro que dirão que não. Mesmo os ditos fúteis dirão que aquilo é uma conversa de "nerd", e não uma coisa fútil, afinal, eles já se consideram assim. Agora voltem a pensar...O que diferencia alguém que discute videogames e alguém que discute música erudita? Qual a diferença? São gostos diferentes, para momentos diferentes e coisas diferentes. É muita hipocrisia para um lugar só, não entendo isso e talvez nunca entenderei. A sociedade é movida por valores altos e baixos que não fazem o menor sentido, a ponto de que algumas coisas são condicionadas a nível de "alto padrão", e outras, não significam nada. Falar de moda é fútil, não nos leva a nada. Por quê? Muitas pessoas se sentem felizes com uma roupa nova, mudam seu humor quase que instantaneamente. Gostam de ir às compras. O que há de errado nisso? Eu me sinto MUITO bem quando estou em casa ouvindo Miseration, Scar Symmetry, Metallica...Isso não acrescenta absolutamente nada ao meu eu "acadêmico", mas me faz bem. Estou sendo fútil nesse momento? O blog, as postagens...Sâo fúteis? Interessam a uns, mas não são nada para outros. Enfim, poderia passar horas citando exemplos aqui de que esse papo de fútilidade não faz o menor sentido. Por que a imagem no início do post? Eu poderia muito bem colocar uma foto da Luciana Gimenez ou da Mulher Melancia(o que é comum em todo lugar quando se fala em "futilidade") mas estaria entrando em contradição com todo o meu pensamento, portanto deixei algo que o fizesse valer por si só: uma interrogação.

O QUE É FUTILIDADE?


Obs.: como bem observado pela minha amiga Helena, e antes que outros perguntem, vou deixar um esclarecimento.

"Mas o que me irrita profundamente é saber que existem indivíduos cuja única certeza é o que o presente lhe reserva, por mais fútil que seja."

Soa meio contraditório, após tantos comentários acerca da futilidade. Mas como eu mesmo disse, o que é fútil pra uns, pra outros não é, e cada um leva um objetivo em vida, certo? Ou muitos deles. E o que realmente eu considero "fútil" é não ser ninguém, é não fazer nada, é deixar tudo acontecer sem mover um dedo para mudar. Porque isso não é uma opinião. Isso é não ter uma.



quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Auto estrada para o nada





Q
uem aí nunca caiu nos clichês da filosofia barata "quem sou eu? Por que estou aqui?" e os grandes jargões deste meio um tanto "discutível"? Contentar-se com a própria existência é quase improvável(ao menos para muitas pessoas), o ser humano precisa de mais alicerces para estabelecer uma vida, precisa de raízes, e de conhecimento, inato ou não.
Alguns encontram respostas na religião, outros, no óbvio, talvez por medo de se aprofundar, e enfim, a ciência que (quase) tudo explica. O importante é manter-se aliado à alguma dessas respostas, em busca de um valor pelo qual faça sentido estar aqui. E já vi/ouvi milhares de respostas para isso, e a principal delas é o amor. Viver por amor! Um infinito de incertezas e nebulosidades, onde tempo e espaço se tornam quase que "à parte" de tudo. Alguns vivem pelo sucesso, pelo reconhecimento e pelo valor perante a sociedade. Mas o que me irrita profundamente é saber que existem indivíduos cuja única certeza é o que o presente lhe reserva, por mais fútil que seja. Aqueles que não se preocupam com nada além do quão inútil conseguem ser para o mundo. Em suma, pessoas vazias. Não entra em minha cabeça,que dentre tantas possibilidades de carreira, de estilo de vida, de pensamentos, a qual nos acometemos durante todo nosso processo de desenvolvimento, que ainda existam seres incapazes de tomar essas decisões, estando aptos a viverem num ócio eterno, como animais irracionais que apenas aguardam o próximo passo de algo que nem eles mesmos entendem o que significa, e não querem entender também. Enfim, apenas um desconforto de minha parte, que terminarei postando uma letra de minha autoria, da banda Death Whisper(sou vocalista :D, quando tivermos o primeiro álbum gravado, postarei aqui), que tem tudo a ver com o assunto citado, cujo nome é o mesmo do título do post.

Highway to Nothing

"(Corra, corra
Corra, seu nada
Corra, este caminho lhe persegue
Eles fizeram a tua estrada, segue-a)

A resposta, eu não achei
Meus desejos, jamais me preocupei com eles
A vitória, por que a desejar?
Se tudo isso vai apenas nos matar, matar, matar!

A vida, presenciei na TV
Com a vida, jamais me noticiei
Na vida, não fiz valer a pena
Quem sou? Não me faça responder!

(Corra, corra
Corra seu estúpido
Eles queriam a tua estrada
Mas não a fizeste)

Minha família, meus amigos
Partes de um jogo que não joguei
Meu hino de glória que não cantei
Sumam de mim!

Num mundo tão insano
Criaturas insanas
Sou um grande ninguém
Escravo de mim mesmo, do nada

(Corra, corra, corra seu desgraçado!
Aqui se faz, aqui se paga
E agora você deve morrer)

Pensei que eu jamais existi, nem vivi
Façam o que não fiz, tomem corpo e alma para tudo
Vazio era a estrada que trilhei, agora deixarei este lugar
Você é meu único, meu precioso
Meu filho

Não! Não! Não!

(Corra, corra
Você deixou um filho
A auto-estrada para o nada ele seguirá, se for covarde
Mas apenas ele mesmo saberá dizer quem é)"

-

P.S.: Christian Alvestam, o fodástico ex-vocalista da banda Scar Symmetry(death metal melódico, e um pouco de progressivo também), anunciou recentemente sua nova "full-time band", cujo nome provém do nome de uma das músicas de sua outra(ele tem muitas) banda, Unmoored: Solution.45 é o sonzaço que promete garantir o espaço que Christian merece, com seu talento brilhante no meio musical! Para quem quiser conferir, aí está o som, num teaser postado no myspace dos caras: http://www.myspace.com/solution45

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Retomando passos


É
comum ter uma idéia para escrever, e em seguida procurar uma foto inspirada nisso, para uma postagem. Mas interessante mesmo, é quando acontece o contrário, e uma imagem como esta acima, despertando alguns pensamentos, e talvez, meu primeiro "diário global" aqui do blog.
Olhar para trás. Tudo aquilo já foi seu algum dia. Todos aqueles amigos, todos aqueles momentos, momentos de raiva e até mesmo solidão(e como diz essa comunidade no orkut...), que a qualquer momento são trocados por uma realidade totalmente nova.
Essa é minha situação atual, fim do conhecido "terceirão"(que de "ão" não tem nada). Apesar de não ter criado nenhum laço muito forte com ninguém, muito menos nenhum amor(minha ex-namorada era de outra escola, por sinal), fica evidente o impacto que me traz saber que todo esse contexto de mais de 10 anos, com as mesmas caras e chatisses, venha a se modificar totalmente daqui pra frente. Repare que não estou situando tudo como algo bom ou ruim, apenas analisando o fato.
Empregos novos, cidade nova, escola nova, mulher nova!...Todos passamos por isso, ao menos uma vez na vida. Uma existência em plena mesmice é desperdício. Se até os intelectuais da literatura jamais se contentam com as escolas, e retomam valores, adicionam novos, evoluem(ou não), revolucionam...Tudo porque vivemos em constante mudança pessoal, sem exceção. Não existe esse papo de que apenas os inteligentes ou os que se julgam superiores é que sofrem tais "mutações". De formas diferentes, é claro. Todos vivemos em constante deformação do estado original, ou como em "Clube da Luta": "Eu morria todas as noites. E todas as noites eu renascia. Ressuscitado." E dessas mudanças, resultam num diagnóstico, a forma e o valor do ser. O indivíduo, por si só, com suas múltiplas mudanças de humor, seu olhar pífio, ou o que caminhar cambaleando.
Vale ressaltar que todo o processo é de apenas uma vida, portanto, cada "pedacinho" dele compõe o que você é. Como na fabricação de um carro ou qualquer outra coisa. A correlação íntima de todas as nossas estações devem entrar em sintonia com o presente. Muitas pessoas se esquecem de como alcançaram o que são hoje, ou como chegaram ali. E não importa se isso é uma ascensão ou uma enorme queda. Ambas são apagadas pelo tempo. Muitas vezes nos deparamos com situações nas quais o desespero aprofunda a reflexão psicológica: Por que eu? Que culpa eu tenho?
Administrar as nossas estações tendo como instrumento apenas o que tomamos no café, o dia de trabalho e o que passou na tv, pode parecer comum a qualquer pessoa, que por sinal está sempre reclamando da "rotina". Vê-se que muitas vezes, repassamos tudo de novo, e de novo, sem aprender. Não acredito em destino nem em "lições", mas tenho plena consciência de que errar é humano e errar duas vezes é burrice.
Vou até reler meu primeiro post agora. :)

domingo, 16 de novembro de 2008

O ônibus - introdução

Não há muito o que comentar aqui. Deixarei apenas o texto, que escrevi já há algum tempo, que seria a introdução de um livro de minha autoria(ohhhh). Até 2040 eu termino! Ah, sobre a foto...Achei divertida demais, e como foi o primeiro resultado que encontrei procurando por ônibus no google, deixei aqui!

Atualização - 16/11/2011: Escrevi esse post com 17 anos, pré-vestibular. Com outras ocupações, acabei deixando o livro para mais tarde.
Agora, aos 20, faltando apenas um semestre para finalizar a graduação em jornalismo, pretendo continuar com o projeto.


"Chamaram-me de ousado e de criativo ao conceber um nome a este livro, e a seguir, explicá-lo. Essas mesmas pessoas, após saber que tudo foi levado a sério, tacharam-me de louco e de sonhador. A certo ponto da escrita, e mesmo na introdução, cheguei a pensar que talvez fosse verdade, um garoto de 17 anos não escreve livros, estuda pro vestibular. Ah, o vestibular!
E a cada página, tudo transparecia, e admito: nem eu estava certo do fim disso tudo. Mas já que estava ali, posto a escrever, por que não continuar? A idéia me pareceu interessante, e não é a primeira vez que me indago a respeito. Ao meu ver, tudo que vejo, respiro e até mesmo sinto, é algo que pode ser posto no papel. Tudo que percebo, é algo que deve ser mostrado a todos. Jamais parei pra pensar se aquilo realmente traria impacto a alguém, pois as idéias são chamas em nossas cabeças que podem ser nada mais do que cinzas no mundo afora. Um ônibus, qual o significado disso? Por que tanta preocupação, tanto desvio de pensamento?
Acho que todo o sentido disso tudo começou de uma forma inocente e sem objetivos. Classe média, morando quase que literalmente "no quinto dos infernos", menor de idade, sem carro. O transporte coletivo era inevitável, e a paciência para tal, um tanto indesejada, nem tanto.
E desde meus 11 ou 12, sem certeza, eles são meio de locomoção para mim, mas o que demorei a perceber, é que não era apenas isso. Um meio social, um tubo de ensaio para estudo aprofundado, ali em constante transparência, mas parece que ninguém percebe. Passei a levar lápis e papel em todas as minhas "viagens", e anotar o que vinha em mente. Nada muito concreto, às vezes poesias, outras vezes o comportamento de algumas pessoas, mesmo sem ter certeza. Um hobbie, uma distração para ver o tempo passar.
Com praticamente um ano "brincando" dentro desse ônibus, vi que minhas anotações ultrapassavam um caderno, repleto de desenhos e análises sem sentido algum, mas algo chamou a minha atenção de forma a dar um sentido a todo o resto: a comunicação entre quem estava ali, as ações e as reações desencadeadas por tudo, desde um sorriso até um "pisão", ou o choro de uma criança. Fui mais específico, e tive a vontade de interagir com o cenário daqueles pensamentos que me prendiam tanto. Era hora de conversar, hora de experimentar.
Nas semanas seguintes, mais e mais anotações, sei que incomodei muitas pessoas desde então! Pensei em coisas para perguntar, mas nada muito planejado, afinal iria contra tudo aquilo que estava imaginando.
Logo, percebia não ser muito bem atendido por essas pessoas. Alguns ignoravam, outros, como meus amigos, chamavam-me de louco e sonhador, mesmo sem saber bem o meu propósito final, que acredito nem ter sabido na época, mas o meio já me alimentava a curiosidade de seguir em frente. E algo era evidente, tanto no contato físico quanto na conversa com todos eles: as pessoas não gostam uma das outras. Todas ali, a 30 cm de distância, num ônibus lotado, mas a única preocupação é com o tempo, é com o destino. Ah, tempo, se eu pudesse acabar com você! Tudo pensando em você, tudo feito em seu nome, tudo destinado à sua "vontade". Não posso ver mais TV porque o tempo não me permite. Preciso estudar porque tenho pouco tempo. Não posso mais conversar pois o tempo é curto. Por quê?
Assim foram algumas horas e alguns dias num período "pré-livro", até que mais uma coisa me chamou a atenção: Um garotinho, de menos de um metro e meio, cuja mochila parecia maior que seu próprio corpo, com ar de distraído, e expressão indiferente, por ora alegre. Era a pessoa perfeita para minhas anotações. Mas a conversa foi diferente, e ele pareceu muito interessado em tudo, até pediu pra desenhar em uma folha e fazer aviões de papel. Divertiu-se comigo. Falou de sua breve existência, dos pais, de tudo que podia lembrar, enfim, parece ter gostado de mim. Ou ao menos, parecia não estar preso como os outros. Era como uma cadeia, em que todos estavam algemados e ele estava em liberdade. Ele possuía a essência, a vibração e o olhar de alguém que não tem compromissos com nada e nem com ninguém. Ainda sem compromisso com a sociedade, talvez, mas existem pessoas assim que não dão a mínima pra ninguém, também. O que faz as pessoas se acorrentarem, o que lhes tira a liberdade? Por que evitar os outros? Já parou pra perceber, mesmo quando você encosta sua mão por engano em alguém no ônibus, logo eles se afastam e olham estranho. E isso vem desde a infância, com a velha frase, "não fale com estranhos". Uma doença social, eu diria, e pior, hereditária. As pessoas são ensinadas a evitar seus semelhantes, por medo, por insegurança. São obrigadas a se fechar em sua sala com seu dinheiro e com aqueles que ajudam a obtê-lo, muitas vezes com poucos laços verdadeiros, afastando-se cada vez mais do seu objetivo, por mais diferente que seja em cada vida. E pretendo desenvolver este tema abordado, com um garoto, Murilo. Alguém que passará por uma situação semelhante a minha, sem saber aonde está, nem pra onde vai, mas crescendo e desenvolvendo suas idéias, da forma mais simples possível."

Histórias!


Ah, a terceira idade! Como prometido na postagem anterior, será o tema desse meu texto. Já adianto que, apesar de certas conturbações e reviravoltas multipolares, como costumo dizer, desfruto de minha adolescência e desse grande período de minha vida, como qualquer outro. Só tenho a aguardar sem temor, e esperançoso, por esta nova fase, e explicarei o porquê.
Ser "velho", na maioria das perspectivas, é ter roupas que cheiram a mofo, pentear-se à moda de 50 anos atrás, assistir novela do SBT e Silvio Santos(e agora, ainda temos a Maísa pra completar o ciclo diário de televisão), fazer bolo e dar mesada pro neto. Existem casos, inclusive, como não é nenhum escândalo afirmar, de agressão a idosos, maus tratos por parte dos familiares, descuidos, e até mesmo o abandono nos famosos "asilos". Outros, apenas aguardam pela cova do indivíduo, na busca de uma herança. Como na outra postagem, afirmo que todas as fases de nossa vida são extremamente importantes, e se valessem menos ou mais que outras, simplesmente não deveriam existir, ou então, serem únicas. E nessa fase, é que encontramos as mais preciosas histórias, lições de vida, experiências jamais compartilhadas por alguém mais novo, conselhos, análises e uma nova percepção do mundo, com base em tudo isso.
Certamente podemos avaliar o conteúdo de um adolescente da Era-Créu, oscilando entre suas peripécias de pegador, toneladas de supino e futebol, abrangendo todo seu conhecimento num potinho de colher urina, e ainda sobra um bom espaço. E esses, são os que muitas vezes ignoram, crescem e mandam para o inferno aqueles que os criaram. Mal sabem que o futuro lhes reserva semelhante passagem.
Acho que a melhor forma de cativar uma pessoa é contar histórias. Viajar épocas, reviver momentos, e passar aquilo que jamais será passado com tamanha realidade à junventude de hoje(noooossa haha), faz parte do papel de um "senhor". Ou pelo menos, fará parte do meu papel daqui alguns(muitos) anos. Nada melhor que unir tais épocas, como insistem os historiadores : "Compreender o passado para entender o presente, e analisar perspectivas para o futuro, esse é o objetivo da história".
O que seria de nós sem uma história? Sem páginas de um caderno, rabiscadas e amassadas? A humanidade gira em torno de um meio, e desse meio, surgem os fatos, as lendas, as crônicas. Destes, os filósofos, os poetas, os músicos, os escritores, e até mesmo os desocupados "blogueiros". :p
Acredite, aquela velha insuportável que só sabe reclamar de dor na coluna e da última receita da Palmirinha, pode lhe ser uma grande aliada para a vida. Sei que parece meio careta, besta ou utópico, mas não é. "Unir as linhas de nossa história", como diria sr. Slim: REFLITÃO!

Ponha-se em seu lugar!


Uma de minhas primeiras investidas acerca do tema "tempo" começa agora, e usarei um filme um pouco antigo, que me vi obrigado a assistir pelas exigências da Cásper Líbero, para fazermos esta análise: Crepúsculo dos Deuses, ou como no original, Sunset Blvd.






Como ótimo cinéfilo que sou, seria mentira se começasse a dissertar a respeito da Obra de Billy Wilder, ou dos trabalhos/vida dos atores envolvidos. Serei sincero: Não conhecia ninguém, e segurei este filme numa pasta sem nem abrí-lo,por medo de que fosse uma chatisse de quase duas horas. Por sorte, meu engano resultou numa ótima madrugada, e provavelmente, na inspiração para o tema dessa postagem: a linha do tempo em nossas vidas.

Sobre o filme

"Eu sou grande. Os filmes é que ficaram pequenos" - esta frase pode resumir toda a essência de Sunset Blvd., filme que mostrou a "sociedade Hollywoodiana", e a forma como um astro do cinema, em plena ascensão, pode ser deixado a cinzas e lembranças, à mercê de seu ilustre passado.
Norma Desmond (Gloria Swanson), grande atriz do cinema mudo da época, vê-se isolada do mundo e de todos, vivendo apenas com seu criado Max, que desde o começo do filme lhe reserva uma enorme atenção e carinho.


Joe Gillis, um fracassado roteirista à procura de dinheiro para pagar seu carro, que logo seria guinchado, acaba chegando por acidente à mansão de Norma, que ao descobrir a profissão de Joe, revela ter escrito um enredo para estrelar mais um de seus filmes, como uma volta(ops...Ela odeia essa palavra), digo, retorno à Hollywood. Apesar de tudo, e da situação inesperada imposta por Norma, o desesperado escritor aceita o trabalho.

No desenvolvimento da história, toda a falsidade do meio artístico é revelada, o diretor de cinema DeMille, responsável pelos maiores filmes de Norma, não a quer mais como atriz, considerando-a velha e despreparada, ultrapassada para a nova geração do cinema.
Norma cresce em sua própria insanidade, e à medida que descobre que seu brilho já se ofuscou há muito tempo, esta toma conta de seu corpo e de sua vida.

A linha do tempo

Nota-se, em cada fala de Norma, em cada lembrança, até mesmo nas atitudes de Max, o criado, que o passado é tudo que paira nos ares da mansão em Sunset Blvd. Sua vida estacionou, e Norma não consegue acreditar que seu tempo como grande atriz já passou. Fazia críticas constantes às falas dos filmes, dizendo que apenas um olhar era capaz de revelar tudo. Enfurecia-se com novos atores e com os filmes "sem criatividade" da nova geração. Percebe-se a progressão de sua insanidade, que com a chegada de Joe, parecia ter se estabelecido apenas como doces lembranças, mas que com o desenvolvimento da trama, mostra uma Norma sem escrúpulos, capaz de tudo. Tentou se suicidar diversas vezes, não conseguia encarar o tempo como devia ser! Como disse Joe, sabiamente(me fogem as palavras exatas, mas é mais ou menos isso): "Não há nada de errado em ter 50. Mas daí a querer ter 25...".

Norma não se ambientava mais, era como se sua mente transparecesse essas fases, esses momentos. Queria reviver seu auge, sua vida não fazia mais sentido sem as milhares cartas de fãs, amigos, fama. Só o luxo que lhe reservava o dinheiro, não era suficiente.

Enfim, acho que já é possível entender onde pretendo chegar: situar-se no tempo e espaço não é tarefa fácil. Há pessoas que preferem manter as tradições, preservar o currículo e viver à moda antiga, esquecer-se no tempo. Já outras, modernizam-se e acabam aderindo até mesmo às modas do mundo contemporâneo. 



Brincadeiras à parte, atualizações não fazem mal a ninguém. Se fosse para vivermos 30 anos, então morreríamos aos 30. Se fosse para viver 60, morreríamos nessa idade também. Ninguém manda em nossa linha do tempo, nem em nossas estimativas de vida. Sendo assim, tempos um tempo indefinido para aproveitar aquilo que nos for dado, e aquilo que conquistamos. Qual a vantagem de viver 60 anos, passando 30 gravando filmes e mais 30 revendo os mesmos? É como se eu comprasse vários dvds, mas só assistisse a um, incessantemente. Desconheço o conteúdo dos outros, mas temendo que sejam ruins ou que não funcionem corretamente, acabo na mesmice, por tempo indefinido. Cada um faz o que quer da vida, mas com tanta gente lutando para viver, com os dias contados, ou mesmo aqueles que vivem, mas privados a maioria dos benefícios que abrange a vida...E alguém ainda se preocupa com TEMPO!

Quero viver meus 7648726 anos cantando muito metal ainda(se isso ainda existir, é claro), fazendo tudo que me der na telha, aproveitando a melhor fase da vida, de certo ponto de vista, que é o nosso tempo como "idoso". Mas este tema, deixarei para a próxima postagem.
Quais são seus dvds?

sábado, 15 de novembro de 2008

A certeza do comum

Darei início a esse post com um texto muito velho, que escrevi em minha antiga "comunidade" no orkut:

"P
essoas comuns sempre existiram, e sempre existirão. Por todos os lados: na padaria, pessoas comuns comprando pães comuns para um lanche comum de uma família comum. Isso nunca foi um problema, até o dia em que alguém comum viu que o vizinho da direita comprava pães iguais aos seus, e isso começou a incomodar. Passou a ser incomum, comprando o que o vizinho do lado esquerdo comprava. Já esse vizinho, achava comum ter pães igual ao primeiro, logo decidiu comprar bolo. Mas bolos eram até difíceis de serem encontrados, tamanha a procura por outros vizinhos, que por sua vez queriam para se diferenciar dos pães. Após algum tempo, os padeiros sequer pronunciavam a palavra "pão", já que ninguém o queria mais, afinal era "comum". Até que o mesmo alguém do começo da história percebeu que seu incomum era na verdade comum, e tudo começou novamente, agora com bombons. O ciclo não parava, mas ninguém percebia que tudo aquilo era apenas para comer, e não fazia diferença alguma. O que os tornava diferente, ao mesmo tempo os tornava iguais. A tentativa de fugir de uma realidade comum, nos traz a outra realidade comum. É um ciclo, que na verdade não existe, ao menos para quem não precisa dele. Concluo que ser comum é ser diferente à sua moda, é imitar o vizinho sem conhecê-lo, é cantarolar as notas do assobio da filha no trabalho, é querer o jogo de videogame que ainda não saiu. Você quer ser incomum?"

Com a imagem de Forrest, procurei representar o ser incomum ao seu tempo, indiferente(consciente ou não) aos padrões e dogmas da sociedade em que é obrigado a viver, enfim, o alguém incomum. São esses que movimentam o mundo, criaturas com defeito de fabricação que fazem toda sua "leva" ser modificada, que dão reviravoltas inesperadas, e muitas vezes bruscas.

Mas voltando ao contexto anterior, no dia-a-dia: todo esse conceito de diferente pode ser observado nas famosas "tribos": pessoas que, ao notarem que são comuns, procuram se afastar de um "todo", e partir para uma "diferença. O problema é que não é só um indivíduo que pensa assim, mas muitos, o que os torna iguais. Será que não percebem que a diferença não está no modo de se vestir, ou no estilo de música que prefere? As diferenças vão muito além disso. Estão na concepção de um mundo, no tipo de olhar e nos caminhos escolhidos. Nem sempre a diferença nos aproxima da perfeição. Qual é a sua diferença?

Sobre o site e o autor

O site luizftoledo é meu portfolio de reportagens e outros textos.

Contato: luizf.toledo@live.com


Read my articles in english: http://luizftoledo.blogspot.com.br/search/label/Translated%20articles


Reconhecimento/prêmios

2017 - 2º e 3º lugares no Prêmio Estado de Jornalismo, pelas seguintes reportagens:

2º lugar - http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,gestao-doria-dificulta-acesso-a-dados-e-viola-lei-de-acesso-a-informacao,70002075921
3º lugar - http://saude.estadao.com.br/noticias/geral,justica-mantem-internacao-mesmo-apos-alta,70001900765


2017 – 2º lugar no Prêmio República, da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), com reportagem que revelou e denunciou uma rede de sites pornográficos que lucravam até R$ 100 mil com imagens de pedofilia (http://tinyurl.com/jt6lffq  e http://tinyurl.com/jy8lulv)

2016: 1º lugar no 9º prêmio nacional de jornalismo Allianz - categoria Educação pela série de reportagens sobre a reorganização escolar em São Paulo.


2012: 1º lugar no prêmio Asi/Schaeffler de Direitos Humanos - reportagem escrita no jornal Cruzeiro do Sul, de Sorocaba (interior de SP), com a história de uma mulher, moradora de uma favela em Sorocaba, que adotou seis crianças de uma vizinha presa por tráfico de drogas.
http://www.jornalcruzeiro.com.br/materia/396837/sujou-o-tenis-eu-lavo-deixou-bagunca-eu-arrumo

Principais reportagens (2014 - 2017)

2017

Gestão Doria dificulta acesso a dados e viola Lei de Acesso à Informação
http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,gestao-doria-dificulta-acesso-a-dados-e-viola-lei-de-acesso-a-informacao,70002075921

Sob investigação há seis anos, abrigo a 76km de SP tem 14 mortes em um mês

Série de reportagens ‘Enclausurados’: Justiça mantém internação mesmo após alta médica


Apreensão de drogas mais que triplica no aeroporto de Cumbica em 10 anos
http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,apreensao-de-drogas-mais-que-triplica-no-aeroporto-de-cumbica-em-10-anos,70002020453

As faces que estão popularizando a USP

Orçamento das universidades federais do País cai 3,4 bilhões em três anos

Especial: Reforma do ensino médio esbarra em falta de estrutura e recursos

Aumento de transtornos mentais entre jovens preocupa universidades

Fraude no bilhete único aumenta 820% com esquema de crime organizado

2016
PF identifica 59 novas drogas no País em 3 anos; danos são desconhecidos

Sites pornográficos lucram até R$ 90 mil com imagens roubadas de adolescentes

Heroína chega à Cracolândia; droga é trazida de países africanos

Ao menos 23 professores de SP são agredidos por mês

Uber se transforma em alvo de ladrões e registra 1 roubo a cada 8 horas em SP

Estado dá a professores 372 licenças por dia; 27 por transtornos mentais

País tem 363 motoristas autuados por racha todo mês; nº cresceu em 2 anos

Entrevista exclusiva com GCM que matou menino de 12 anos

Haddad reduz ronda escolar e põe guarda para fiscalizar camelô e multar

Haddad corta gastos com manutenção e limpeza; lixo se acumula em cemitérios
SP tem 21 casos de maus tratos aos animais por dia

Estado busca empresário para adotar escolas paulistas

Dez bairros detêm 50% das apreensões de droga em SP

Reclamações sobre falta de limpeza e jardinagem batem recorde com Haddad

Apreensão de droga comprada pela internet sobe 64%

Sobe déficit de professor na gestão Haddad

Filhos adotados encontram pais usando redes sociais

Imigrantes concorrem com ambulantes em praias do Guarujá

Aluno da USP vira réu por estupro e foge para o exterior

Dados sigilosos de 3,8 milhões de alunos vazam na internet

Após denúncia do Estadão, CGM pede exoneração de funcionária fantasma

2015

Multimídia: como é a redução de pena por leitura nos presídios de SP

De 10 estupros levados a CPI, só 3 viram sindicância e 1 aluno é punido

Paulistano doa órgão ‘sem saber’

Em documento obtido pelo Estadão, Alckmin admite redução de despesas em reorganização

2014
Alunos denunciam estupros em festas de Medicina da USP


‘Estado’ teve acesso antecipado a resultado de pregão da Prefeitura

Haitiana enfrenta roubo na travessia para o Brasil

Cão terapeuta acolhe crianças refugiadas