quinta-feira, 18 de março de 2010

O equilíbrio na corda bamba

Esse post será...um pouco maior do que o normal, haha. Além do mais, farei muitas a referências a outras postagens, então recomendo que leiam quando estiverem bem SEM FAZER NADA! :p




Charlie Harper, Sheldon Cooper e Barney Stinson
. O que esses personagens têm em comum? Além de fazerem parte de grandes seriados (sitcom) dos EUA, é claro. Charlie, da série "Two and a Half Men" é um mulherengo pra mulher nenhuma botar defeito: rico, galã, pianista, um carrão na garagem e uma casa na praia com vista para o mar. Sheldon Cooper, o esteriotipado nerd de "The Big Bang Theory", físico teórico de QI 187, que conseguiu seu PhD com apenas 16 anos, mas incapaz de socializar. E pra finalizar, Barney Stinson, o solteirão de "How I Met your Mother", autor do código de conduta dos brothers (The Bro Code), que já transou com mais de 200 mulheres. Mas afinal, o que eles têm em comum? (e lembramos aqui do post sobre os sitcom em comparação à vida real, na postagem "As verdadeiras sitcom")

Em Two and a Half Men, vivemos um binômio constante: Charlie e seu irmão Alan. Ou melhor: a vida da vadiagem, do solteiro feliz e descompromissado, ou a de casamentos frustrados, dívidas a serem pagas, e tudo sendo levado a sério. Pode parecer, a princípio, que Alan sofre uma grande desvantagem, mas existe aí uma realidade: Cada um desses personagens puxa a corda em extremidades diferentes, que a leva pra lá e pra cá constantemente, sem um equilíbrio: viver uma vida de prazeres ou uma de compromiss os? Ferir os sentimentos de todas ou sofrer por uma? E mais: viver nos "one night stand"(sexo casual) ou manter uma relação com sentimento, amor, confiança? Essas e outras questões são levantadas em Two and a Half Men, reduzindo situações ao absurdo. Isso só me faz enxergar uma coisa: a tese e a antítese estão postas, mas é preciso de uma síntese (e viva a dialética!): O EQUILÍBRIO!



Indo para o apartamento de Sheldon Cooper, a disputa se repete, em outra faceta: Temos, por um lado, sua personalidade imutável, repleta de "regras" que ele mesmo se estabelece, manias a serem seguidas o tempo todo e uma aversão incrível ao meio social, e por outro, sua vizinha Penny, uma loira gostosa que trabalha na Cheesecake Factory (uma espécie de restaurante), que dedica sua vida a coisas simples, pouco entende da física ou do conhecimento erudito, mas sonha ser atriz e conhece o nome e a vida de inúmeras celebridades. Será mesmo que há um certo ou errado? Mais uma vez me senti na mesma situação de reflexão: não se deve levar a vida tão a sério assim, mas existe um limite. Nesse ponto, outro personagem da série procura agir bem: Leonard, companheiro de quarto de Sheldon. Ele também é "nerd", mas procura socializar e viver como qualquer outra pessoa, ter amigos, ir à festas e conversar. Desde quando conhecimento é sinônimo de chatice, ou beleza e assuntos comuns são símbolos de futilidade? (uma passadinha nos posts "Controvérsia" e "Futilidade" complementam melhor essa questão)




E para finalizar o trio dialético das comédias, How I Met your Mother. Nesse último, coloquei o personagem Barney como exemplo, mas o dilema vai além dele. Esse seriado é muito voltado aos relacionamentos: manias entre casais, problemas no namoro, encontros a 4 pessoas, encontros às escuras, amor, romance, ficada, e daqui em diante, o que mais você conseguir pensar. O engraçado mesmo é que os criadores dessa série conseguem o que muitos insistem, mas não enfiam na cabeça das pessoas: nossos problemas são simples, quem os complica somos nós. Como é ridículo observar certos problemas de um namoro do lado de fora! Os ciúmes, as brigas, os desentendimentos...É preciso ser racional às vezes, mas nunca abandonar o emocional. Entenda o que o outro está sentindo, procure manter uma igualdade, não se prenda a este outro como se fosse a única pessoa do mundo, e deixe-o viver tão livre quanto qualquer ser humano merece a liberdade. É tão simples!



Por fim, o óbvio a se esclarecer, mas que todos se negam a aceitar: sem um equilíbrio, a casa toda desaba, e haja auto-estima e perserverança que reconstrua! Em cada atitude nossa, devemos procurar entender a um, entender a outro, para enfim chegar a algum lugar coerente. Não adianta querer pular para os extremos sem antes ter entendido o que se passa no centro!