Uma 'Nôva' pegada para um rock tradicional
Banda sorocabana lança o EP 'Tempo' na internet e anuncia que show de estreia será no dia 16 de maio, no Asteroid Bar
Notícia publicada na edição de 10/05/2012 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 1 do caderno C - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.
Luiz Fernando Toledo
luiz.toledo@jcruzeiro.com.br
Seis jovens e alguns instrumentos musicais fechados em uma sala durante meses. A ideia de décadas atrás se renova com frequência e continua apaixonando. Partindo de um nicho de sonoridade em ascensão constante no Brasil, "o rock alternativo", a banda Nôva se propôs a fazer uma música que não fugisse dos moldes tradicionais do gênero, ao mesmo tempo flertasse com elementos de peso, característicos do heavy metal, e ainda a euforia do pop contemporâneo. Nas palavras, a mistura soa mais complicada do que realmente é. Mas o ritmo do EP "Tempo", criado pelos músicos Fernando Xavier (vocal), Paick Alix (guitarra), Gustavo Kussuki (guitarra), Guilherme Hoffart (teclado), Pedro Barbosa (bateria) e Thiago Bertola (baixo), flui como poucos desta nova geração.
Com produção e mixagem do músico Felipe Colenci, o EP traz cinco faixas com letras em português: "Superficial", "Estrada sem fim", "Eu sei", "Teatro" e "Tempestade". A opção pelo nosso idioma, contrária a uma legião de bandas de rock que preferem o tradicional inglês, se deve a um fator explicado pelo guitarrista Gustavo Kussuki: "Queríamos transmitir sinceridade nas músicas. Em inglês, acabaríamos com frases longe da nossa realidade e não nos expressiaríamos bem", argumenta. O som, que alterna guitarras pesadas, solos de teclado e um baixo constante, tem refrões grudentos e letras que o grupo explica como "a ânsia jovem com a poesia adulta".
Favoráveis à expansão da internet como principal meio de divulgação do trabalho artístico dos músicos, o Nôva disponibilizou as cinco músicas para download gratuito em sua página no Facebook. Para baixá-las, basta acessar: http://www.facebook.com/novaoficial. Para quem prefere adquirir o CD, a banda fará seu primeiro show no dia 16 de maio, no Asteroid Bar. A comercialização do material será inusitada: não haverá preço fixo. "O público vai pagar quanto achar que o EP vale ou mesmo quanto tiver de dinheiro na bolso na hora", explica Kussuki.
Histórias e metas
Com uma distância considerável entre a criação da banda, em 2009, e o lançamento do primeiro material oficial, em 2012, o guitarrista e estudante de engenharia civil Paick Alix confessa que quase não reconhece sua banda, em relação ao ano em que tudo começou. Eram apenas três ex-membros (Paick, Pedro e Thiago) de uma outra banda de rock, a Falls of Glory, que decidiram criar um novo grupo com ideias focadas no country rock ou algo semelhante.
Só que uma coincidência mudaria os rumos do trio. O guitarrista Gus Kussuki, que trabalha na escola musical e studio Music House, aguardava uma banda que ensaiava no local. "Eu estava lá esperando a banda e o Paick apareceu do nada no studio. Acho que não tinha nada pra fazer", brincou Kussuki. Na conversa descompromissada, surgiu o convite de Paick para que o músico entrasse para o Nôva. "Pra falar a verdade, a banda começou com a entrada do Gus. Eu e o pessoal só tínhamos feito uns dois ou três ensaios no começo", comentou Paick.
O posto de vocalista foi o empecilho maior. Foram seis testes antes do grupo encontrar o estudante de publicidade Fernando Xavier. "Nós tentamos muita gente, mas ninguém se adequava ao nosso som, às nossas ideias. Até eu tentei cantar, quando vi que não daria certo com ninguém, mas sou muito tímido para isso", explica Gus Kussuki. Trocando olhares bem humorados com Paick, relembrou: "Foram tantas tentativas, que até faltavam argumentos para dispensar os candidatos." Conheceram Xavier em um evento da Virada Cultural Paulista 2010, que ocorreu na Usina Cultural. O estilo plural de Fernando, que mesclava o rock tradicional com o heavy metal, foi decisivo para entrar na banda.
Já o tecladista Guilherme Hoffart entrou na banda por experimentação do grupo. "No começo, queríamos apenas que ele nos desse uma força com samplers", explica Paick. "Era para ele ir em alguns ensaios, mas acabou frequentando todos e nos ajudando a criar as músicas", completa Gus. A banda o considera "como um terceiro guitarrista", que não serve apenas para preencher o som, como em outras bandas de rock, mas como o membro que incorpora sons diferentes e dá uma nova roupagem às musicas. O integrante também participa das composições e das letras. Fernando explica que a música "Tempestade" foi inspirada na trajetória do tecladista, que abandonou um emprego no banco, em que estava há cinco anos, para se dedicar à música. "É uma faixa que fala da paixão de se fazer aquilo que realmente se gosta", esclarece.
Para 2012, o Nôva planeja o lançamento de um videoclip, que será produzido por Alex Batista, mas ainda não divulga qual será a música. Pensam também em um novo EP, pois já têm outras músicas finalizadas e desejam mostrar o novo repertório ao público. "Acredito que a nossa principal meta do ano será divulgar nosso som. Será show atrás de show", finalizou Fernando.
luiz.toledo@jcruzeiro.com.br
Seis jovens e alguns instrumentos musicais fechados em uma sala durante meses. A ideia de décadas atrás se renova com frequência e continua apaixonando. Partindo de um nicho de sonoridade em ascensão constante no Brasil, "o rock alternativo", a banda Nôva se propôs a fazer uma música que não fugisse dos moldes tradicionais do gênero, ao mesmo tempo flertasse com elementos de peso, característicos do heavy metal, e ainda a euforia do pop contemporâneo. Nas palavras, a mistura soa mais complicada do que realmente é. Mas o ritmo do EP "Tempo", criado pelos músicos Fernando Xavier (vocal), Paick Alix (guitarra), Gustavo Kussuki (guitarra), Guilherme Hoffart (teclado), Pedro Barbosa (bateria) e Thiago Bertola (baixo), flui como poucos desta nova geração.
Com produção e mixagem do músico Felipe Colenci, o EP traz cinco faixas com letras em português: "Superficial", "Estrada sem fim", "Eu sei", "Teatro" e "Tempestade". A opção pelo nosso idioma, contrária a uma legião de bandas de rock que preferem o tradicional inglês, se deve a um fator explicado pelo guitarrista Gustavo Kussuki: "Queríamos transmitir sinceridade nas músicas. Em inglês, acabaríamos com frases longe da nossa realidade e não nos expressiaríamos bem", argumenta. O som, que alterna guitarras pesadas, solos de teclado e um baixo constante, tem refrões grudentos e letras que o grupo explica como "a ânsia jovem com a poesia adulta".
Favoráveis à expansão da internet como principal meio de divulgação do trabalho artístico dos músicos, o Nôva disponibilizou as cinco músicas para download gratuito em sua página no Facebook. Para baixá-las, basta acessar: http://www.facebook.com/novaoficial. Para quem prefere adquirir o CD, a banda fará seu primeiro show no dia 16 de maio, no Asteroid Bar. A comercialização do material será inusitada: não haverá preço fixo. "O público vai pagar quanto achar que o EP vale ou mesmo quanto tiver de dinheiro na bolso na hora", explica Kussuki.
Histórias e metas
Com uma distância considerável entre a criação da banda, em 2009, e o lançamento do primeiro material oficial, em 2012, o guitarrista e estudante de engenharia civil Paick Alix confessa que quase não reconhece sua banda, em relação ao ano em que tudo começou. Eram apenas três ex-membros (Paick, Pedro e Thiago) de uma outra banda de rock, a Falls of Glory, que decidiram criar um novo grupo com ideias focadas no country rock ou algo semelhante.
Só que uma coincidência mudaria os rumos do trio. O guitarrista Gus Kussuki, que trabalha na escola musical e studio Music House, aguardava uma banda que ensaiava no local. "Eu estava lá esperando a banda e o Paick apareceu do nada no studio. Acho que não tinha nada pra fazer", brincou Kussuki. Na conversa descompromissada, surgiu o convite de Paick para que o músico entrasse para o Nôva. "Pra falar a verdade, a banda começou com a entrada do Gus. Eu e o pessoal só tínhamos feito uns dois ou três ensaios no começo", comentou Paick.
O posto de vocalista foi o empecilho maior. Foram seis testes antes do grupo encontrar o estudante de publicidade Fernando Xavier. "Nós tentamos muita gente, mas ninguém se adequava ao nosso som, às nossas ideias. Até eu tentei cantar, quando vi que não daria certo com ninguém, mas sou muito tímido para isso", explica Gus Kussuki. Trocando olhares bem humorados com Paick, relembrou: "Foram tantas tentativas, que até faltavam argumentos para dispensar os candidatos." Conheceram Xavier em um evento da Virada Cultural Paulista 2010, que ocorreu na Usina Cultural. O estilo plural de Fernando, que mesclava o rock tradicional com o heavy metal, foi decisivo para entrar na banda.
Já o tecladista Guilherme Hoffart entrou na banda por experimentação do grupo. "No começo, queríamos apenas que ele nos desse uma força com samplers", explica Paick. "Era para ele ir em alguns ensaios, mas acabou frequentando todos e nos ajudando a criar as músicas", completa Gus. A banda o considera "como um terceiro guitarrista", que não serve apenas para preencher o som, como em outras bandas de rock, mas como o membro que incorpora sons diferentes e dá uma nova roupagem às musicas. O integrante também participa das composições e das letras. Fernando explica que a música "Tempestade" foi inspirada na trajetória do tecladista, que abandonou um emprego no banco, em que estava há cinco anos, para se dedicar à música. "É uma faixa que fala da paixão de se fazer aquilo que realmente se gosta", esclarece.
Para 2012, o Nôva planeja o lançamento de um videoclip, que será produzido por Alex Batista, mas ainda não divulga qual será a música. Pensam também em um novo EP, pois já têm outras músicas finalizadas e desejam mostrar o novo repertório ao público. "Acredito que a nossa principal meta do ano será divulgar nosso som. Será show atrás de show", finalizou Fernando.
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