Cemitérios de aviões estão com os dias contados
Dois anos após a criação do programa 'Espaço Livre', carcaças de aeronaves resistem nos aeroportos brasileiros, mas devem desaparecer até o fim do ano
06 de dezembro de 2013 | 16h 09
Luiz Fernando Toledo, especial para o Estadão
SÃO PAULO - Dois anos após a criação do programa 'Espaço Livre', criado para remover as carcaças de aviões dos aeroportos brasileiros, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ainda enfrenta o abandono de 53 sucatas de diversas companhias aéreas.
Em 2011, eram pelo menos 33 aeronaves encostadas em 11 aeroportos. As carcaças dos 'cemitérios de aviões' não podem ser comercializadas ou descartadas pelas administradoras dos terminais aéreos, e acabam ocupando grande espaço nestes locais.
O Aeroporto Internacional de Manaus é o que armazena o maior número de aviões abandonados: são 11, segundo último levantamento da CNJ.
Em segundo lugar na lista estão Rio de Janeiro e Guarulhos, cada um com 8 aeronaves. O Aeroporto Internacional de Brasília tem sete carcaças das empresas Vasp, Transbrasil e Interbrasil.
Confira na galeria de fotos alguns dos maiores cemitérios de aviões do mundo e alguns dos exemplos brasileiros:
Limpeza. Em menor quantidade, os 'cemitérios' também estão presentes nas capitais Salvador, Fortaleza, São Luís, Campo Grande e Belo Horizonte.
No aeroporto de Viracopos, quatro sucatas ocupam cerca de 15 mil metros quadrados dentro da região aeroportuária, além de um avião cargueiro da empresa americana Centurion Cargo, que está sendo desmontado.
Ocupando uma área próxima ao pátio, estão 3 DC-8, desde 2004, e um Boing 737 desde 2009. A concessionária que administra o aeroporto informou que aguarda posicionamento da CNJ para ampliar a pista do complexo.
Em Congonhas, terceiro aeroporto mais movimentado do País, a situação foi resolvida no início de 2012. As nove aeronaves que ocupavam 170 mil metros quadrados foram removidas, oito equipamentos desmontados e um leiloado.
Segundo a assessoria da administradora do terminal, o uso que será dado ao novo espaço livre, que corresponde a três campos de futebol, ainda está em estudo.
Progresso. Por meio de leilões, o CNJ pretende esvaziar os cemitérios até 31 de dezembro deste ano. O último modelo anunciado para venda foi o PP-BEL, da Brazilian Express Transportes Aéreos, avaliado em R$ 110 mil.
A aeronave terá lance inicial de R$ 22 mil e poderá ser arrematada até pela internet. A venda é revertida à massa falida para pagamento de direitos trabalhistas, informou a Infraero, que realiza o desmanche das peças.
A CNJ informou que não houve aumento de aeronaves encostadas no período de 2011 a 2013. "Foi feito um novo levantamento e possivelmente a informação anterior estava incompleta", afirmou a assessoria de imprensa.
Outro levantamento dos equipamentos deverá ser realizado na primeira quinzena de dezembro. "Atualmente os números já são menores, pois em decorrência dos leilões já realizados, as aeronaves estão sendo retiradas dos aeroportos pelos arrematantes", explicou o órgão, acrescentando não haver mais aeronaves em Recife, além de algumas já terem sido retiradas em Viracopos e Guarulhos.
Abandono. Os cemitérios de aviões não são exclusividade do Brasil. Em diversos países, o número de aeronaves chega a ser espantoso.
Nos Estados Unidos, o maior depósito de aeronaves do mundo está localizado no deserto do Arizona. Há 4 mil aeronaves no local, que fica próximo a uma base da Força Aérea dos Estados Unidos (Usaf), em Tucson.
No Aeroporto Internacional Murtala Muhammed, na Nigéria, são pelo menos 65 aparelhos inoperantes, tanto de carga quanto de passageiros. Em janeiro deste ano, o governo local iniciou os processos de desmonte como parte de um plano para retomar a indústria de aviação do país.
No aeroporto de Viracopos, quatro sucatas ocupam cerca de 15 mil metros quadrados dentro da região aeroportuária, além de um avião cargueiro da empresa americana Centurion Cargo, que está sendo desmontado.
Ocupando uma área próxima ao pátio, estão 3 DC-8, desde 2004, e um Boing 737 desde 2009. A concessionária que administra o aeroporto informou que aguarda posicionamento da CNJ para ampliar a pista do complexo.
Em Congonhas, terceiro aeroporto mais movimentado do País, a situação foi resolvida no início de 2012. As nove aeronaves que ocupavam 170 mil metros quadrados foram removidas, oito equipamentos desmontados e um leiloado.
Segundo a assessoria da administradora do terminal, o uso que será dado ao novo espaço livre, que corresponde a três campos de futebol, ainda está em estudo.
Progresso. Por meio de leilões, o CNJ pretende esvaziar os cemitérios até 31 de dezembro deste ano. O último modelo anunciado para venda foi o PP-BEL, da Brazilian Express Transportes Aéreos, avaliado em R$ 110 mil.
A aeronave terá lance inicial de R$ 22 mil e poderá ser arrematada até pela internet. A venda é revertida à massa falida para pagamento de direitos trabalhistas, informou a Infraero, que realiza o desmanche das peças.
A CNJ informou que não houve aumento de aeronaves encostadas no período de 2011 a 2013. "Foi feito um novo levantamento e possivelmente a informação anterior estava incompleta", afirmou a assessoria de imprensa.
Outro levantamento dos equipamentos deverá ser realizado na primeira quinzena de dezembro. "Atualmente os números já são menores, pois em decorrência dos leilões já realizados, as aeronaves estão sendo retiradas dos aeroportos pelos arrematantes", explicou o órgão, acrescentando não haver mais aeronaves em Recife, além de algumas já terem sido retiradas em Viracopos e Guarulhos.
Abandono. Os cemitérios de aviões não são exclusividade do Brasil. Em diversos países, o número de aeronaves chega a ser espantoso.
Nos Estados Unidos, o maior depósito de aeronaves do mundo está localizado no deserto do Arizona. Há 4 mil aeronaves no local, que fica próximo a uma base da Força Aérea dos Estados Unidos (Usaf), em Tucson.
No Aeroporto Internacional Murtala Muhammed, na Nigéria, são pelo menos 65 aparelhos inoperantes, tanto de carga quanto de passageiros. Em janeiro deste ano, o governo local iniciou os processos de desmonte como parte de um plano para retomar a indústria de aviação do país.
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