sábado, 6 de dezembro de 2008

A cinematografia real

Por diversas vezes já assistimos filmes, comparando-os ao que acontece em nossas vidas. Seja em uma situação engraçada, num desastre inesperado, numa esdrúxula cantada , e obviamente, nas nuances do amor. O que marca nossas vidas, pode ser observado em todos os lugares, como se o nosso cérebro deixasse referências a tudo aquilo que nos é importante. Essa ferramenta, como quase tudo na vida, oscila entre sensações agradáveis de saudosismo, perseverança e determinação, a vultos de depressão, lembranças que deveriam desaparecer, tragédias.




Lembranças sempre foram um recurso um tanto explorado no cinema, seja de forma simples, no caso de filmes com forte apelo emocional/saudosista, seja como fator histórico, ou mesmo a ficção científica, as famosas "voltas pelo tempo", e uma imensidão de coisas que só se limita à nossa imaginação pra lá de fértil. Mas o que eu não sabia, até pouco tempo atrás, é que não são só os filmes que se inspiram na vida real, ou que são influenciados pela mesma. Algumas pessoas encaram um cinema apenas como lugar para privacidade(usando a mesma da forma como preferir hahaha), ou um ponto de encontro, talvez um passatempo. Como já citei em um post, não sou nenhum cinéfilo, não entendo muito da história do cinema, menos ainda sei de nomes e da vida das personalidades do meio em questão. Porém, constantemente vejo minhas ações sendo influenciadas por frases, ao menos no que diz respeito à forma de pensar, vistas em cenas fortes, talvez com um propósito que vai além do próprio entretenimento. Não diria que são lições de vida, ou uma epifania de Clarice Lispector, mas boas mudanças, com certeza.

O tênue limite que distingue certas situações reais das filmadas com um diretor e atores em cena, às vezes me faz pensar que realmente vivemos num grande filme. Aliás, como alguns amigos meus já estão cansados de ouvir de mim, é assim que eu encaro as coisas: uma fantasia. Seria inocente dizer que é isso é uma teoria minha ou um pensamento pra lá de inteligente, pois não é. Apenas algo que escolhi para refletir certas coisas; As pessoas ao meu redor são como personagens contratados por mim, de personalidade a definir. Por ora, suas ações são influenciáveis, mas de tempo em tempo, eu mesmo acabo me vendo preso a esses personagens, com um presente inacabado e sem perspectiva.

O enredo
Por mais que você não queira, ou nem saiba que ele existe, toda uma história deve estar aqui, escrita por todos nós. Acredite ou não, nós é que fazemos tudo acontecer ou não. Sempre fui um pouco ausente de crenças e religiões, me apegando somente ao que considero certo e errado, e me baseando nisso para seguir nos caminhos escolhidos pelo resultado de tudo que conheço. Pode parecer um pouco prepotente, mas não sou ateu, nem me considero acima de ninguém. Simplesmente prefiro deixar a culpa para quem merece ser culpado. É muito simples deixar seus agradecimentos aos deuses e suas tragédias aos demônios. Tudo seria bem mais fácil se assim o fosse. Eu poderia estar atribuindo a culpa de meu blog ainda não ser famoso a qualquer nome, isso não mudaria o fato de que ela pertence a mim, ou (talvez!) ao pouco tempo de existência do mesmo.

Momentos
Um passeio com os amigos, um momento com a namorada, ou até mesmo uma desgraça que abalou muito. É óbvio que os filmes também retratam isso, pois é da vida que eles falam. Se houvesse outro "plano" pra se basearem, eu não teria motivo nenhum pra iniciar o post. Mas já notou que em algumas ocasiões, você tem até a impressão de que "decorou" suas falas? É o famoso "momento mágico" que todos nós temos(ou deveríamos ter), os que realmente deixam lembranças inesquecíveis e paisagens intermináveis. O sentimento que mais nos afasta da realidade, todos sabemos, é o amor. Pode parecer estranho este ser o segundo post no qual ele é citado(e seguido!), mas deixemos este fato de lado. Sim, as horas que você passa com seu amado(a), relatando tudo que tem vontade, dizendo maravilhas, prometendo a eternidade que nem uma vida pode lhe dar. É toda uma beleza, que para alguns é máscara. Como eu sempre digo, estar participando de um encontro romântico é "perfeito", parece que nada sai errado, e que seja lá o que a pessoa disser, é lindo, é especial. Mas já tentou "aguentar" ficar ao lado de um casal, sem ter relações com ele? É realmente engraçado, o "bobo" se torna maravilhoso e sentimental, o divertido vai bem além de uma risada. E não é uma crítica.

Enfim, é o que venho pensando nos últimos dias, como se não tivesse nada para ocupar meu próprio papel como diretor do filme. hahaha...Podemos mesmo vivenciar uma verdadeira obra de arte?

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